sexta-feira, 1 de junho de 2018

We are what we eat

Nunca como hoje, esta afirmação foi tão verdadeira...
Somos, de facto, o que comemos e à medida que o tempo passa, o que comemos é visível aos outros. A forma como comemos. Os ingredientes que escolhemos. As técnicas de cozinha que utilizamos...

Aconselho um pequeno vídeo de uma Ted Talk, and que o óbvio nos é relembrado:




O que a Natureza nos dá em maior abundância é aquilo que de facto, mais necessitamos. Lembremos-nos do ar e da água, por exemplo... Quando a Indústria se intromete na alimentação, então não se trata mais de alimentação, mas sim de comércio, dinheiro, lucro, economia, crescimento eterno, etc... 

Sempre me debati com os meus hábitos alimentares. Não porque passe a vida a comer disparates. Muito pelo contrário: valorizo por demais a minha horta, tento comer o mais variado possível, o menos processado possível... Mas cresci num ambiente em que não nos era, de todo, permitido deixar uma migalha que fosse no prato. O prato saía-nos da frente quase lavado e pronto a usar novamente. Porquê? Porque quem assim ditava sabia o que era a fome. Sabia o que era a escassez, e jurou a si própria que isso nunca assolaria as vidas das suas filhas...
Mas, caímos no extremo oposto e hoje em dia, ao fim destes anos todos, sou incapaz de tirar um prato da mesa, terminada a refeição, com uma migalha que seja no prato. E passo isso à minha família. Não é o deal, eu sei, mas faço-o inconscientemente. A minha relação com a comida sempre foi de amor/ódio. Se há coisa que me faz feliz é comer uma bela refeição. E nem sequer é pelo social da coisa, é mesmo a comida que me faz feliz. O sabor, o cheiro, as sensações... O gene da fome nasceu comigo e não há sítio para onde vá que não leve qualquer coisa atrás. Fome é que eu não passo... 
Saudável? Precavida? Preparada? Ou será que sou apenas obcecada por comida?
Aqui entre nós, voto na última. E a minha relação com a comida não está ainda em paz. Que o digam os meus 83kg vistos hoje de manhã na balança.... Com isto vem a dificuldade de movimentos, a falta de energia, as dores nas costas e nas pernas... E pergunto-me: se sabes tão bem o que tens de fazer, porque não o fazes de uma vez??? 
E pergunto-me novamente: alguém tem a resposta mágica que me leve à mudança eficaz e última de comportamento???

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Coaching para a vida???

Ontem estive numa daquelas Palestras de Coaching, com o Jorge Coutinho.

Vá-se lá saber porquê., e no meio de todo o caos que me rodeava, decidi que iria parar por 1h30, e deixar o trabalho acumular ainda mais, porque ía assistir àquela palestra. Não sabia ao que ía, como faço com várias coisas. Experimento e logo vejo no que dá. Escada acima dizem-me "Ele é óptimo. Lembras-te da história da Princesa Nonô, a menina que morreu com cancro? O Jorge é o Pai da Nonô e, entre outras coisas, esse acontecimento fê-lo olhar para a vida de forma completamente diferente"... Arrepiada, abri a porta e entrei. Conversa da treta. Saí  e fui, errante. Acabei na coffee area a tirar o 3º café do dia, pouco passava das 9h30 da manhã.
Voltei à sala e durante mais de 1h ouvi o Jorge falar num estilo provocador, a espaços mais simpático ou mais atrevido, mas sempre a mexer com as rotinas do pensamento. Foram várias as situações em que as lágrimas me marejaram os olhos. A mim e a outros, que eu bem vi... Arrepiei-me um cento de vezes, tal como acontece neste preciso momento.
A mensagem é idêntica a tantas outras por esses youtubes e teds afora. Mas ao vivo e a cores tem outro impacto. Quando decides que o mundo parou para te dedicares a algo, esse algo tem de importar e trazer valor. E asism aconteceu!
Gosto de pensar que não tenho uma vida de sonho, nem estou a viver o meu sonho, mas que estou a trabalhar para isso!
Gosto de pensar que tenho uma força de vontade imensa e que consigo quase tudo a que me proponho... Ou conseguia, quando era miúda. Lembro-me de me ter porposto a várias coisas entre a adolescência e os vintinhos, e depois de muita muita luta, acabava por conseguir atingir objectivos.
À medida que o tempo foi passando, parece que me fui esquecendo do que era atingir aquilo a que me propunha. Nos últimos anos tenho-me proposto, por diversas vezes, a objectivos diversos, nenhum deles fácil, nenhum deles inteiramente dependente de mim, mas parece que me tenho esquecido que perseverar, de me concentrar no objectivo, de não baixar os braços, de me manter com toda a bravura, de pé, até que a porta se abra...
Parece que com o tempo, os caminhos luminosos que me propunha trilhar se tornaram, todos eles nublados, e o objectivo lá ao fundo é tão pouco claro e visível, que acabo por me perder no caminho...
E não gosto!
Eu, que sempre fui vista como um furacão, uma lutadora, de repente contento-me com o que tenho! Não que o que tenho não tenha valor, ou me seja mau e desconfortável. Mas não me desafio. Não me proponho a quimeras bravas que me fazem tão feliz no momento de chegar a bom porto.
Não vou aqui dizer que acordei para a vida e agora é que vai ser, pois isso já me aconteceu tantas e tantas vezes, e no fim nada mudou!
Mas posso dizer que, parar para pensar... Verdadeiramente pôr a massa cinzenta ao dispôr do que nos faz feliz... Deixar que o mundo continue a rodar, enquanto se pára e se analisa e avalia, e repensa... Isso não tem valor e por isso, o Jorge Coutinho, sem saber, ganhou o dia!


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Um Pequeno Almoço digno de realeza!

Pois que aqui está o primeiro balanço do detox:


Ao Piqueno Almoço a malta normalmente come muito bem!!! Sim que isso do pão com quelque chose não me chega. Este é um clássico!

- 1 fatia de pão sem glúten levemente torrada (opcional)
- 1/8 a 1/4 de abacate finamente fatiado em cima da fatia de pão
- 1 ovo escalfado
- paio do lombo (do bom, sem glúten, e sem gdes açúcares adicionados)
- 1 mão-cheia de alfaces a gosto
- 2 a 3 morangos fatiados finamente (opcional), ou 1 kiwi pequeno.

E prontesss! Está a 1ª refeição do dia despachada.
Normalmente, esta 1ª refeição acontece cerca de 2h30 depois de acordar e nessa altura já consigo comer como deve ser. São inúmeras as fontes de informação que nos dizem que o Pequeno-Almoço é 1 das refeições mais importantes do dia, e q devemos ingerir cerca de 1/4 das calorias diárias logo aí, e blá blá blá. Não estou a dar novidades a ninguém. A minha experiência pessoal é esta, e tão simplesmente esta: quando tomo um pequeno-almoço assim, é quase certo que me aguento até à hora do almoço sem petiscar mais nada. Quando me fico pelo clássico galão com um pãozinho com manteiga ou fiambre ou o diabo que o carregue, é mais que certo que a meio da manhã lá vou eu comer qualquer coisa. E no meio do bulício do dia-a-dia, as bolachas são práticas, estão ali à mão e estão carregadas de açúcar e conservantes e cenas... Vai daí, com este pequeno-almoço, aqui a je simplesmente deixou de comprar bolachas, porque não precisa!

Um comentário de roda-pé: as minhas preocupações ambientais são conhecidas dos que me rodeiam. Vai daí, comprar alimentos embalados é algo que me dá comichões e fujo a 7 pés disso. O que normalmente faço é ir a um supermercado da minha preferência e pedir para cortarem na charcutaria o que eu quero, como eu quero. Evito assim aquelas fatias tipo bife, o que ajuda a cortar nas quantidades, mas também tenho mais opções de escolha. E já agora, não tenham receio de pedir para ler os rótulos. Os funcionários estão lá para usar as máquinas de fatiar, mas também têm opinião, também provam e também lêm os rótulos. Se quiserem algo muito específico, não se acanhem de pedir, de perguntar, de esperar que quem sabe venha ajudar... São uns minutos investidos numa escolha consciente a vários níveis. E depois, quando se chega a casa, pode-se separar os kilos comprados (sim, já cheguei a comprar 1kg fatiado bem fininho como nós cá em casa gostamos)... dizia eu, pode-se separar o que se trouxe do supermercado em diversas doses, reutilizando o papel do supermercado (corto em 2 ou 3 à conta), e congelo em doses semanais... é fácil, é barato, e só não dá milhões, mas ajuda-me a consumir de forma mais consciente e responsável!

Um dia destes mostro as minhas panquecas matinais que tb se fazem num instante!

Detox journey

On your marks
Get set
GO!

Começa hoje! E sim, está escrito, portanto qualquer deslize, falha ou whatever, será aqui vergonhosa e publicamente assumido!


Do topo dos meus 80 e qualquer coisa kilos (?!?!?!), tenho todo o meu corpinho aos gritos. E não é de hoje! A coisa tem andado para aqui meio desregulada, fruto de algumas cenas que andei a meter para dentro (a medicina e os seus infindáveis mistérios!!!)


Dores nas costas, joelhos q rangem, dificuldade em manter o ritmo, cansaço... Enfim, típico dos meus 80 anos... Só que diz a minha mãe que ainda não fez 42 que ela passou um mau bocado... Arghhh!!! E eu que sempre disse que iria vivier até aos 111...


Nos facebooks da vida vêem-se grupos de detox e cenas maradas e coisas e tal... Nunca fui apologista de coisas radicais, mas vai daí, a modes que preciso aqui de um quelque chose que mude a cena um bocadinho. Portantes, está-se numa de detox!


Um suplemento alimentar antes das refeições principais, foi o passo mais difícil já que não sou nada apologista. Mas como qualquer bicho humano a malta sente-se motivada se vir resultados e eu olha... a modes que resolvi dar um empurrãozinho à força de vontade.


Não sei quando nem como mas vou aqui partilhar alguns dos meus brilharetes culinários nos próximos dias. Atentem ófaxavor!

domingo, 4 de março de 2018

Queijada de Quark

Pela manhã li este artigo da clara Ferreira Alves e fique a bater mal.

Aos 41 não tenho ilusões de que voltarei ao nível e qualidade de vinha que tinha aos 20, aos 25 ou mesmo aos 30 e tal... Mas, de repente, a finitude está mais perto, e o caminho até lá não se apresenta propriamente muito bonito...
Viver com uma doença crónica presenteia-nos com uma espécie de fatalismo contra o qual não se luta, sob pena de desperdiçar a pouca energia que ainda se vai tendo. 
Os últimos tempos não têm sido fáceis, com este "desconforto" a lixar-me a qualidade do sono, e a condicionar o descanso mínimo diário.
É mais que conhecida, comprovada e aceite a necessidade de reduzir o glúten a um mínimo de quase inexistência, já que os efeitos são óbvios, evidentes, indiscutíveis e inelutáveis. Mas viver sem glúten é um desafio! mais ainda quando a reacção não é de alergia, mas sim um pouco esticada no tempo. Melhor? Pior? Discutível!

Mas o que é facto é que ao longo destes tempos agucei os sentidos em relação ao que se come e se cozinha, e é também nisso que pretendo focar-me.

Pois que hoje decidi presentear a malta com um docinho sem doce, sem glúten e sem lactose.

Ora aqui está uma receita de Queijada de Quark.
Ingredientes:
- 250gr de Queijo Quark (sem lactose)
- 4 ovos
- 60gr de côco ralado
- 2 c.s. de mel
- 1 c.s. farinha de côco
- canela q.b.
Preparação:
Misture tudo numa trituradora. Eu misturei na Bimby e coloquei numa forna de 20cm por uns 30 min a 180º.
Voltando a repetir esta receita, fá-la-ei em formas individuais e o tempo de forno não será superior a 15 minutos.

Descobri depois esta receita e acho q a vou seguir da próxima vez. Além de querer experimentar pulverizar o côco, coisa que não fiz, o ligeiro travo do limão deve ficar meeesmo muuuuito bem! E também não coloquei fermento... Será mesmo necessário?? 

Foto? Pois... Eu teria tirado, não fosse a dita ter sido assaltada pela malta cá de casa.... e olha, a modos que o que sobra nem a metade chega! Portanto, aqui fica uma "foto teórica" que é como quem diz, uma foto de uma qualquer outra queijada que se assemelha à que fiz:


Note-se que nesta receita só entraram coisas das boas: os ovos, das galinhas da sogra (mais que bio); o Quark Bio e sem lactose do Aldi; o côco bio da loja Cura na Ericeira, bem como a canela, e o mel bio de abelhas tugas lá do norte da nossa Tugalândia.

Resta referir que o mérito não é meu; vi esta receita em qualquer lado no facebook. Mas não só não sei onde, como não consigo recordar-me de quem a terá partilhado, já q estava num comentário e não num post.

Último comentário para referir que eu fiz a minha na Bimby, mas não é necessário que assim seja. Qualquer copo de batidos, centrifugadora, ou até a máquina da sopa ou a batedeira são capazes de fazer esta queijada. A única diferença está em triturar, ou não, o côco. Desta vez não o triturei, mas da próxima vou experimentar fazê-lo!

sexta-feira, 2 de março de 2018

Here we go again...

O apelo ao regresso vai e vem... Tem dias... Tem horas... Tem alturas, e não sei bem explicar porque sim ou porque não...Às vezes sinto que a partilha é algo que urge mas é tão diversa que não cabe num rótulo, num tema, numa caixa... ou sequer numa língua!Decidi-me pelo não: são sou obrigada; não sou incentivada, não sou sequer sujeita a indicações e/ou sugestões...É ao sabor do vento e da vontade!E hoje a vontade falou mias alto!

Urge a mudança!Urge a decisão!Urge um qualquer coisa mais que o simples ram-ram do dia-a-dia da correria do dia-a-dia!Fala uma quarentinha (sim, até aos 46/47 o inha persistirá!) quem tem algumas histórias para contar: talvez a mais óbvia se chame fibromialgia...Não costumo falar desta minha companheira de vida com muita frequência! Ao meu redor, toda a gente a conhece, e sabe bem da sua força. Mas tb acredito q na vida, as "cenas" só têm a importância e a força que lhes damos. Vai daí, tento não lhe dar gde importância...Mas a sacana existe! Tem força! Tem personalidade! Tem poder! Tem presença!Há dias q a abafo e me recuso em alimentar-lhe o ego...Há dias em que é ela q manda e me domina o dia e a rotina...Há fases também! Melhores umas, piores outras... Mais para cima, ou mais para baixo, mais para a direita ou a esquerda... Mas é a minha companheira de vida! Das poucas certeza q tenho e que têm todos os que vivem com o rótulo da fibromialgia.Não é bonito? Não! Não é! Mas é o q é...


E depois as decisões que às vezes mantenho, outras nem por isso...Hoje inscrevi-me no ginásio: entre a sala das máquinas e a piscina, decidi ir dar umas voltinhas a ver se o corpinho acorda para a vida e ganha aqui um ligeiro fulgor...


Também urge melhorar a qualidade de vida a vários níveis! Mas isso são outros 500 e lá chegaremos... Ou quem sabe, não estarei novamente meses a fio sem dar um ar da minha graça....

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Na empresa onde trabalho, uma multinacional americana, há o costume/hábito de disponibilizar aos funcionários uma série de utensílios para o dia-a-dia...
Falo de talheres de plástico, pratos de plástico, copos de papel (do mal o menos, não é plástico) e por aqui me fico...

A minha pergunta a todos aqueles que usam os talheres de plástico e que deles se queixam, porque são frágeis e partem e às vezes até deixam pedaços na comida e porque têm uma estrutura que não dá jeito usar e onde a comida se acumula e blá blá blá, é: quem traz uma caixa c comida não pode pegar num garfo e numa faca lá de casa e embrulhar num guardanapo e trazer tudo junto? Sinceramente é algo que me ultrapassa... Não basta o plástico usado ser imenso, como a maior parte das pessoas não o deita no caixote do plástico e sim no lixo normal... Mas, se ainda por cima é mau de se usar... Que raio custa trazer uns talheres de casa?

Em relação aos copos do café/chá, a coisa parece-me menos má: são de papel, e o papel, apesar de não poder ser reciclado, acaba por se deteriorar mais ou menos rapidamente... Mesmo assim, o hábito da caneca/chávena/copo é uma coisa que não custa nada a ninguém e além de ser ambientalmente muito mais responsável, acaba por se saborear o café/chá de outra forma. A minha mug faz sucesso. É uma caneca com tampa comprada online, feita de alumínio no interior e por fora é toda em bambu. Não sou fundamentalista o suficiente para ter descartado a tampa de plástico. Mas a quantidade de copos de papel que poupei nestes parcos 3 meses em que aqui trabalho, garanto, é imensa!

Às vezes, mudar um hábito é tão simples quanto querer... Não custa assim tanto. Apenas é necessário querer e fazer por isso.

Em jeito de inspiração aqui deixo uma das TED talks que mais vezes vi até hoje. São uns parcos 3 minutos, mas que transbordam inspiração.

Please be inspired!

Try something new for 30 days