sexta-feira, 13 de abril de 2018

Coaching para a vida???

Ontem estive numa daquelas Palestras de Coaching, com o Jorge Coutinho.

Vá-se lá saber porquê., e no meio de todo o caos que me rodeava, decidi que iria parar por 1h30, e deixar o trabalho acumular ainda mais, porque ía assistir àquela palestra. Não sabia ao que ía, como faço com várias coisas. Experimento e logo vejo no que dá. Escada acima dizem-me "Ele é óptimo. Lembras-te da história da Princesa Nonô, a menina que morreu com cancro? O Jorge é o Pai da Nonô e, entre outras coisas, esse acontecimento fê-lo olhar para a vida de forma completamente diferente"... Arrepiada, abri a porta e entrei. Conversa da treta. Saí  e fui, errante. Acabei na coffee area a tirar o 3º café do dia, pouco passava das 9h30 da manhã.
Voltei à sala e durante mais de 1h ouvi o Jorge falar num estilo provocador, a espaços mais simpático ou mais atrevido, mas sempre a mexer com as rotinas do pensamento. Foram várias as situações em que as lágrimas me marejaram os olhos. A mim e a outros, que eu bem vi... Arrepiei-me um cento de vezes, tal como acontece neste preciso momento.
A mensagem é idêntica a tantas outras por esses youtubes e teds afora. Mas ao vivo e a cores tem outro impacto. Quando decides que o mundo parou para te dedicares a algo, esse algo tem de importar e trazer valor. E asism aconteceu!
Gosto de pensar que não tenho uma vida de sonho, nem estou a viver o meu sonho, mas que estou a trabalhar para isso!
Gosto de pensar que tenho uma força de vontade imensa e que consigo quase tudo a que me proponho... Ou conseguia, quando era miúda. Lembro-me de me ter porposto a várias coisas entre a adolescência e os vintinhos, e depois de muita muita luta, acabava por conseguir atingir objectivos.
À medida que o tempo foi passando, parece que me fui esquecendo do que era atingir aquilo a que me propunha. Nos últimos anos tenho-me proposto, por diversas vezes, a objectivos diversos, nenhum deles fácil, nenhum deles inteiramente dependente de mim, mas parece que me tenho esquecido que perseverar, de me concentrar no objectivo, de não baixar os braços, de me manter com toda a bravura, de pé, até que a porta se abra...
Parece que com o tempo, os caminhos luminosos que me propunha trilhar se tornaram, todos eles nublados, e o objectivo lá ao fundo é tão pouco claro e visível, que acabo por me perder no caminho...
E não gosto!
Eu, que sempre fui vista como um furacão, uma lutadora, de repente contento-me com o que tenho! Não que o que tenho não tenha valor, ou me seja mau e desconfortável. Mas não me desafio. Não me proponho a quimeras bravas que me fazem tão feliz no momento de chegar a bom porto.
Não vou aqui dizer que acordei para a vida e agora é que vai ser, pois isso já me aconteceu tantas e tantas vezes, e no fim nada mudou!
Mas posso dizer que, parar para pensar... Verdadeiramente pôr a massa cinzenta ao dispôr do que nos faz feliz... Deixar que o mundo continue a rodar, enquanto se pára e se analisa e avalia, e repensa... Isso não tem valor e por isso, o Jorge Coutinho, sem saber, ganhou o dia!


Sem comentários:

Enviar um comentário